Reino Unido reconhece formalmente o Estado Palestino
O Reino Unido reconheceu formalmente a Palestina para proteger a viabilidade de uma solução de dois Estados e criar um caminho para uma paz duradoura para os povos israelense e palestino.

- governo britânico age para proteger a perspectiva de uma solução de dois Estados, à medida que a situação em Gaza se agrava, Israel continua sua expansão ilegal de assentamentos na Cisjordânia e o Hamas mantém os reféns
- o Primeiro-Ministro Keir Starmer deixa claro que o Hamas não terá papel no futuro da Palestina e reitera seu apelo para que libertem imediatamente os reféns, sem estabelecer condições
- este é um passo histórico dado em conjunto com Canadá e Austrália, aliados próximos do Reino Unido, como parte de um esforço internacional mais amplo para apoiar um caminho para a paz e proteger os direitos iguais dos povos israelense e palestino
O Reino Unido reconheceu hoje formalmente a Palestina para proteger a viabilidade de uma solução de dois Estados e criar um caminho rumo à paz duradoura para os povos israelense e palestino.
A decisão histórica, anunciada em conjunto com Canadá e Austrália, ocorre enquanto a situação em Gaza continua a piorar, Israel segue expandindo ilegalmente seus assentamentos na Cisjordânia, e o Hamas mantém os reféns.
Em julho, o Primeiro-Ministro Keir Starmer havia prometido agir se a situação não mudasse e acredita firmemente que o Reino Unido tem uma responsabilidade moral de fazer tudo o que puder para apoiar um futuro pacífico para Israel e Palestina – uma perspectiva que está cada vez mais distante.
Uma solução de dois Estados, com Israel seguro e protegido ao lado de um Estado palestino viável e soberano, liderado por uma Autoridade Palestina reformada, é o único caminho para uma paz duradoura para ambos os povos – livres da violência horrenda e do sofrimento dos últimos dois anos.
Reconhecer a Palestina é uma decisão histórica, firmemente enraizada no direito inalienável do povo palestino à autodeterminação, ao qual o governo britânico se comprometeu em seu manifesto.
Em declaração nesta tarde, Starmer foi claro: essa decisão não diz respeito ao Hamas, uma organização terrorista brutal que deseja a destruição de Israel. Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz, com fronteiras reconhecidas, é exatamente o oposto da visão de ódio do Hamas.
As exigências do governo britânico em relação ao Hamas não mudaram: o grupo terrorista deve libertar todos os reféns, concordar com um cessar-fogo imediato, aceitar que não terá papel no governo de Gaza e comprometer-se com o desarmamento.
Espera-se também que o Reino Unido adote novas sanções contra líderes seniores do Hamas nas próximas semanas e continue fazendo todo o possível para trazer os reféns de volta.
O apoio do governo britânico a Israel e à segurança de seu povo permanece firme. Mas o governo israelense também deve mudar de rumo – interrompendo sua ofensiva em Gaza, permitindo a entrada de ajuda humanitária urgentemente e cessando a expansão ilegal de assentamentos na Cisjordânia.
A Ministra de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, declarou:
A decisão histórica de reconhecer o Estado Palestino, tomada em conjunto com alguns de nossos aliados mais próximos, reflete nosso compromisso inabalável com a solução de dois Estados e reafirma o direito inalienável do povo palestino à autodeterminação.
O reconhecimento é um passo importante para preservar a perspectiva de dois Estados, em um momento em que esta solução está sob uma ameaça sem precedentes. Dois Estados são a única forma de garantir paz e segurança duradouras tanto para israelenses quanto para palestinos.
Estamos certos de que o Hamas não pode ter nenhum papel no futuro da Palestina. Trata-se de uma organização terrorista bárbara que se opõe à própria ideia de dois Estados. O grupo deve libertar os reféns e abandonar qualquer controle sobre Gaza. Mas o Hamas não é o povo palestino.
O reconhecimento é apenas uma parte do que deve ser um esforço mais forte e amplo pela paz. Precisamos encerrar o conflito em Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e levar ajuda humanitária a todos os que dela necessitam desesperadamente. Isso requer não apenas um cessar-fogo imediato, mas também um plano para uma paz duradoura, que será o foco da minha atuação diplomática na ONU nesta semana.
Tendo reconhecido o Estado de Israel em 1950, o governo britânico acredita que não pode mais apoiar a solução de dois Estados sem reconhecer a Palestina.
A decisão não elimina as exigências feitas pelo governo à Autoridade Palestina para realizar uma ampla reforma. O presidente Mahmoud Abbas comprometeu-se com essa reforma, incluindo a realização de novas eleições dentro de um ano após um cessar-fogo.
O Reino Unido continuará a fornecer apoio técnico e financeiro à Autoridade Palestina na implementação dessas reformas e na construção do Estado da Palestina, inclusive por meio do trabalho do enviado britânico para a Governança da Autoridade Palestina, Sir Michael Barber, que está reforçando as capacidades de gestão e governança da Autoridade Palestina.
O governo do Reino Unido deixou claro que o reconhecimento, por si só, não basta para mudar a situação no terreno.
Por isso, a decisão vem como parte de esforços internacionais coordenados para construir consenso em torno de um Quadro para a Paz, que aborde governança, segurança, acesso humanitário e monitoramento do cessar-fogo em Gaza, bem como os fundamentos de uma solução de dois Estados.
O Reino Unido continuará a trabalhar em estreita colaboração com seus aliados para avançar nesse plano, do qual o reconhecimento faz parte como o primeiro e mais urgente passo em direção a uma paz duradoura.
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