Lord Mayor visitando Moçambique : Parceria como palavra de ordem
Moçambique é um país que espero ver a desempenhar um papel cada vez mais proeminente na arena internacional, nos próximos anos.
Que boa altura para visitar Moçambique esta semana! Um país jovem, vibrante, com grandes ambições e um futuro brilhante pela frente. Um país descrito pelo Fundo Monetário Internacional como uma das “economias mais dinâmicas do continente”. E é um país que espero ver a desempenhar um papel cada vez mais proeminente na arena internacional, nos próximos anos. Por essas razões e muitas mais, estou encantado por estar aqui, fortalecendo os laços comerciais entre Reino Unido e Moçambique.
Como embaixador para o sector dos serviços financeiros e profissionais do Reino Unido, viajo extensivamente pelo mundo, procurando construir parcerias económicas com os principais mercados internacionais. Moçambique é 29º e penúltimo país que visitei nos últimos 12 meses no âmbito das minhas funções. O comércio bilateral situou-se nas 129 milhões de Libras no ano passado, este número pode parecer impressionante, mas estou determinado a encará-lo meramente como um ponto de partida. Devemos sempre colocar a fasquia alta e estarmos atentos a desenvolvimentos novos e inovadores em nossas relações comerciais – e como tal, a minha visita pode ser uma oportunidade para ajudar a conectar empresas britânicas ambiciosas por contactos comerciais adequados em Moçambique.
Parceria vai ser a palavra de ordem durante os meus três dias de visita. Quero fortificar a nossa parceria quando me encontrar com o Primeiro Ministro Carlos Agostinho do Rosario. O desenvolvimento do sector financeiro em Moçambique, os investimentos e oportunidades em infraestrutura, o desenvolvimento do mercado de capitais, os desafios no sector da energia, os projectos de Parcerias Público-Privadas (PPP) e a capacitação através da educação, competências e tecnologia são os vectores de desenvolvimento que estarão na mesa para discussão, juntamente com o reforço de nossos laços económicos e diplomáticos.
Um dos grandes temas será o quadro macro-económico geral. Nenhum país está imune ao nervosismo do mercado global, como visto recentemente com a desaceleração da economia Chinesa. Com estimativas de queda em 40 por cento do valor das importações chinesas de África, países como Moçambique precisarão certificar-se de que continuam com os esforços com vista a uma economia diversificada, sólida e resistente.
Enquanto Moçambique tem depósitos gás e minerai, que tem atraído um significativo investimento estrangeiro, rendimentos futuros deste sector estão comprometidos com a dívida. Quero compartilhar algumas das lições dos meus mais de 40 anos no mercado de capitais e banca de investimento britânicos, ao mesmo tempo que vou demonstrar a experiência do Reino Unido e boas práticas no sector da energia. Isto inclui a adesão aos princípios de investimento responsável e transparente contratação pública, garantia de um quadro fiscal e jurídico previsível e prazos de licenciamento, todos estes elementos importantes para um ambiente de negócios atractivo.
À medida que contratos vão a concurso para a construção de novos portos, novas vias férreas e outras infraestruturas, quero destacar o conhecimento e a experiência de empresas britânicas – não apenas aquelas sedeadas em Londres – e como elas são capazes de responder ao que a economia moçambicana procura. Tomemos, por exempl,o a rede de transporte do sistema de transmissão de energia de Moçambique entre o centro e o sul do país (CESUL) e a forma como o governo procura financiar o projecto. Esta é precisamente uma área em que podemos oferecer apoio.
O tema da infraestruturas também estrá em cima da mesa quando me encontrar com o Ministro dos Transportes e Comunicações, Dr Carlos Mesquita. Em particular, eu abordarei como o Reino Unido pode desempenhar um papel positivo e ajudar a alavancar projectos de infraestrutura. Vou recordá-lo do sucesso dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Londres 2012.
Estes jogos foram organizados dentro do prazo e orçamento. Temos empresas de calibre mundial capazes de desenvolver os projectos de grande escala que Moçambique procura empreender; desde estudos de capacidade, assim como o seu financiamento, recebendo os projectos de plantas do arquiteto à sua materialização no terreno.
Subjacente a todas estas oportunidades é a indústria de serviços financeiros e associados. A expansão de serviços bancários e de seguros, a provisão de assistência jurídica ajuda a incentivar o crescimento da economia em gera, à medida que negócios ganham acesso ao capital e know-how para crescer. Algumas dessas empresas se juntarão a mim nesta visita, bem como firmas moçambicanas participarão apartir daqui, seu próprio território.
A partilha de conhecimentos e competências é outro ângulo da nossa parceria que não pode ser subestimada. Oportunidades de educação e formação técnica no Reino Unido têm contribuido bastante e continuarão a assegurar um número crescente de profissionais moçambicanos através de ligações institucionais, como as bolsas de estudos da Mansion House e Chevening, sendo que este último que está a oferecer para o ano acaémico 2016/2017, 10 bolsas para o nível de Mestrado nas áreas dos serviços financeiros, agricultura, recursos naturais e educação.
Ao comemorarmos o 40º aniversário da independência de Moçambique, estou ansioso para reforçar os laços que unem nossas nações. Reconhecemos o potencial existente e é por isso que Moçambique é um dos cinco Parceiros de Alto Nível para a Prosperidade em África. Pretendo capitalizar na nossa já forte parceria, especialmente no sector financeiro.
Espero que minha visita atinja três objectivos. Primeiro, que os responsáveis do governo e de negócios em Moçambique vejam que o Reino Unido é aberto para negócios. Em segundo, que as nossas próprias empresas, de todos os sectores, vejam como Moçambique é aberto ao investimento estrangeiro e oportunidades comerciais. Finalmente, que possamos ver quão o comércio e ambientes de investimento abertos podem beneficiar os nossos países e estimular a nossa prosperidade e bem-estar.