Alta Comissária saúda Moçambique pela posição firme contra a caça furtiva
Reino Unido compromete-se a continuar a trabalhar com a coligação internacional contra o comércio illegal de fauna bravia.
Moçambique destruiu esta semana 2434.6kg de marfim e cornos de rinoceronte no peso total de 193.5Kg, naquela que foi a maior destruição destes produtos até agora apreendidos em todo o mundo. O acto que mostra que o país está a priorizar a conservação e protecção das espécies em perigo, segundo várias organizações da sociedade civil nacionais e globais.
A Alta Comissária Jo Kuenssberg saudou a decisão do governo moçambicano de juntar a sua voz ao crescente consenso global de que o futuro dos elefantes e rinocerontes é incompatível com o comercio de cornos e marfim.
“Mensagens firmes, como esta do governo, são o que é necessário para mostrar tolerância zero ao comércio ilegal de produtos da fauna bravia”, disse ela, acrescentando que o Reino Unido vai continuar a trabalhar, incansávelmente, com a coligação internacional contra o comércio ilegal de fauna bravia, incluindo a redução da procura destes produtos nos países consumidores”.
Na ocasião da destruição, o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, disse que “o acto envia a mensagem de que Moçambique não irá tolerar caçadores, traficantes ou os criminosos organizados que os empregam e pagam para matarem as nossas espécies protegidas, ameaçando as nossas comunidades”.
Em Maio, um inquérito liderado pelo Governo, em parceria com a WCS, mostrou uma redução dramática de 48 por cento na população de elefantes em Moçambique apenas nos últimos cinco anos. Moçambique perdeu o seu último rinoceronte em 2013.
Os resultados desse inquérito e a reputação de Moçambique como uma rota de tráfico e comércio ilegal levaram ao Governo a agir, apreendendo 1.3 toneladas de marfim e 65 peças de cornos de rinoceronte na Matola. Esta apreensão faz parte do que foi hoje destruído.
Para demonstrar o seu cometimento, o governo moçambicano adoptou novas medidas para combater a caça furtiva em Moçambique, que incluem uma nova legislação que criminaliza a caça e o tráfico ilegal; a colocação de novos quadros da unidade da polícia ambiental para trabalhar na conservação; o reforço das parcerias com organizações internacionais, dentre as quais a WCS e Stop Ivory.