Biotecnologia britânica contra a dengue
Unidade de produção da Oxitec do Brasil começa produção de mosquitos geneticamente modificados com biotecnologia inovadora na próxima semana

O Cônsul-geral britânico em São Paulo, John Doddrell, participa na próxima terça-feira, 29/07, da inauguração da unidade de produçâo Oxitec do Brasil, no TechnoPark , em Campinas (SP), que traz ao país uma eficaz e inovadora solução biotecnológica de combate ao mosquito da dengue: a produção de mosquitos OX513A Aedes aegypti geneticamente modificados, que não picam, não transmitem a doença e diminuem a população de insetos transmissores. É o primeiro produto desse tipo a ser liberado comercialmente pela Comisão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio), após uma extensa agenda de testes bem sucedidos em território nacional e exterior, conquistados com o auxílio do departamento de Ciência e Inovação (Science and Innovation, SIN) do Governo Britânico no Brasil, em parceria com o UK Trade & Investment (UKTI).
A exclusiva tecnologia desenvolvida pela Oxitec, criada e sediada em Oxford (Reino Unido), cujas pesquisas começaram a ser desenvolvidas na renomada universidade homônima, utiliza mosquitos com dois genes adicionais. Um deles, torna os machos incapazes de produzir descendentes viáveis ao copularem com fêmeas selvagens. O outro faz com que as larvas e as pupas brilhem sob uma luz específica em um microscópio. Estes insetos geneticamente modificados foram considerados seguros pela CTNBios do ponto de vista ambiental, humano, animal e vegetal. Por isso, a Oxitec recebeu, em abril deste ano, a aprovação da CNTBio, do Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro, para liberação comercial dos mosquitos trangênicos.
Projetos pilotos realizados entre 2011 e 2013, em Juazeiro (BA), mostraram redução de acima de 80% na população de Aedes aegypti selvagens adultos. Após o sucesso desses testes foi iniciado um projeto em Jacobina (BA),em junho de 2013. No primeiro bairro tratado com a solução da Oxitec a redução na população de mosquitos foi de 79%. Ao diminuir a população destes mosquitos transmissores da dengue, a solução da Oxitec pode ajudar no controle da doença no Brasil. O governo brasileiro gasta mais de US$ 1 bilhão por ano em tentativas de controle do Aedes aegypti. A Oxitec estima que uma supressão dos mosquitos numa região de 50 mil habitantes custe no primeiro ano entre R$ 2 e 5 milhões. A partir do segundo ano o custo está avaliado em menos de R$ 1 milhão por ano.
“Nosso objetivo é trabalhar em parceria com os governos municipais, estaduais e federal para ajudar a resolver um problema de saúde pública do Brasil”, afirma Glen Slade, Diretor Global de Desenvolvimento de Negócios da Oxitec. Com o aumento de casos de dengue este ano, especialmente no estado de São Paulo – incluindo a cidade de São Paulo, com ênfase na Zona Oeste –, a solução da Oxitec é uma ferramenta adicional, ambientalmente segura e eficaz, para combater e controlar o mosquito da dengue, que também transmite a chikungunya, doença similar mas que dura mais tempo e ameaça afetar a população brasileira.
SOBRE A OXITEC
A Oxitec é uma empresa britânica pioneira no controle de insetos transmissores de doenças e causadores de danos nas culturas agrícolas, que usa a biotecnologia para combater essas pragas. A empresa se estabeleceu no Brasil para atuar no controle do mosquito da dengue. Para mais informações sobre a Oxitec, acessar http://br.oxitec.com.