Reportagem do mundo

Biotecnologia britânica contra a dengue

Unidade de produção da Oxitec do Brasil começa produção de mosquitos geneticamente modificados com biotecnologia inovadora na próxima semana

Isto foi publicado no âmbito do 2010 to 2015 Conservative and Liberal Democrat coalition government
OX513A Aedes aegypti

O Cônsul-geral britânico em São Paulo, John Doddrell, participa na próxima terça-feira, 29/07, da inauguração da unidade de produçâo Oxitec do Brasil, no TechnoPark , em Campinas (SP), que traz ao país uma eficaz e inovadora solução biotecnológica de combate ao mosquito da dengue: a produção de mosquitos OX513A Aedes aegypti geneticamente modificados, que não picam, não transmitem a doença e diminuem a população de insetos transmissores. É o primeiro produto desse tipo a ser liberado comercialmente pela Comisão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio), após uma extensa agenda de testes bem sucedidos em território nacional e exterior, conquistados com o auxílio do departamento de Ciência e Inovação (Science and Innovation, SIN) do Governo Britânico no Brasil, em parceria com o UK Trade & Investment (UKTI).

A exclusiva tecnologia desenvolvida pela Oxitec, criada e sediada em Oxford (Reino Unido), cujas pesquisas começaram a ser desenvolvidas na renomada universidade homônima, utiliza mosquitos com dois genes adicionais. Um deles, torna os machos incapazes de produzir descendentes viáveis ao copularem com fêmeas selvagens. O outro faz com que as larvas e as pupas brilhem sob uma luz específica em um microscópio. Estes insetos geneticamente modificados foram considerados seguros pela CTNBios do ponto de vista ambiental, humano, animal e vegetal. Por isso, a Oxitec recebeu, em abril deste ano, a aprovação da CNTBio, do Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro, para liberação comercial dos mosquitos trangênicos.

Projetos pilotos realizados entre 2011 e 2013, em Juazeiro (BA), mostraram redução de acima de 80% na população de Aedes aegypti selvagens adultos. Após o sucesso desses testes foi iniciado um projeto em Jacobina (BA),em junho de 2013. No primeiro bairro tratado com a solução da Oxitec a redução na população de mosquitos foi de 79%. Ao diminuir a população destes mosquitos transmissores da dengue, a solução da Oxitec pode ajudar no controle da doença no Brasil. O governo brasileiro gasta mais de US$ 1 bilhão por ano em tentativas de controle do Aedes aegypti. A Oxitec estima que uma supressão dos mosquitos numa região de 50 mil habitantes custe no primeiro ano entre R$ 2 e 5 milhões. A partir do segundo ano o custo está avaliado em menos de R$ 1 milhão por ano.

“Nosso objetivo é trabalhar em parceria com os governos municipais, estaduais e federal para ajudar a resolver um problema de saúde pública do Brasil”, afirma Glen Slade, Diretor Global de Desenvolvimento de Negócios da Oxitec. Com o aumento de casos de dengue este ano, especialmente no estado de São Paulo – incluindo a cidade de São Paulo, com ênfase na Zona Oeste –, a solução da Oxitec é uma ferramenta adicional, ambientalmente segura e eficaz, para combater e controlar o mosquito da dengue, que também transmite a chikungunya, doença similar mas que dura mais tempo e ameaça afetar a população brasileira.

SOBRE A OXITEC

A Oxitec é uma empresa britânica pioneira no controle de insetos transmissores de doenças e causadores de danos nas culturas agrícolas, que usa a biotecnologia para combater essas pragas. A empresa se estabeleceu no Brasil para atuar no controle do mosquito da dengue. Para mais informações sobre a Oxitec, acessar http://br.oxitec.com.

Publicado a 24 July 2014