Comunicado de imprensa

Lideranças mundiais lançam a parceria dos Líderes Florestais e Climáticos para agilizar contenção e reversão de perda florestal e degradação de terras até 2030

Hoje na COP27 - Lideranças mundiais lançam a Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos, com o compromisso de deter e reverter perda florestal e degradação de terras até 2030.

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  • 26 países e a União Europeia - que juntos representam mais de 33% das florestas do mundo e quase 60% do PIB mundial - lançarão a Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos (PLFC).
  • A ambiciosa parceria será estabelecida com base na Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso de Terra. Formulada por mais de 140 países, a declaração tem o objetivo de deter e reverter a perda florestal e a degradação do solo até 2030. Ao mesmo tempo, a parceria garante um desenvolvimento sustentável e promove uma transformação rural inclusiva.
  • Os 26 países, incluindo alguns dos mais ricos em cobertura florestal, se prontificaram a liderar esforços ambiciosos, para impulsionar a entrega e a prestação de contas, através de eventos anuais de alto nível. Durante a primeira reunião pública da PLFC na COP27, uma aliança de líderes governamentais, empresas, atores financeiros e povos indígenas informará sobre o progresso.
  • Será anunciado que os doadores públicos já investiram $2,67 bilhões dos $12 bilhões de dólares prometidos no ano passado para proteção e restauração de florestas. Na COP27, esse fundo ganhará uma adição de $4.5 bilhões de dólares, através de doações públicas e privadas.
  • O primeiro-ministro britânico e líderes da Colômbia, Congo, Gana, França e Alemanha irão discursar na Cúpula de Líderes Florestais e Climáticos.

Hoje, na COP27, lideranças mundiais darão início à Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos (PLFC), assumindo o compromisso de interromper e reverter a perda florestal e a degradação do solo até 2030. A parceria é parte da luta contra as mudanças climáticas, dando seguimento ao que foi acordado no Pacto Climático de Glasgow.

A PLFC, lançada na primeira Cúpula dos Líderes Florestais e Climáticos, é uma parceria voluntária de 26 países comprometidos com a entrega, com a responsabilidade e com a inovação. O acordo segue a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso de Terra, que foi apoiada por mais de 140 líderes mundiais durante a COP26. O objetivo principal é parar e reverter a perda florestal e a degradação do solo, o que produziria 10% das ações de mitigação climática necessárias até 2030 para cumprir com o Acordo de Paris, caso seja alcançado.

Presididos pelos Estados Unidos e Gana, os membros da PLFC representam uma série de regiões, grandes áreas florestais e centros de comércio e finanças. 60% do PIB global e mais de 33% das florestas do mundo estão contemplados nesta parceria.

Todos os membros do PLFC têm uma mesma meta; cada membro deve estar comprometido em liderar pelo menos uma das áreas de ação do PLFC. Através da PLFC, os países devem liderar iniciativas que irão dimensionar e impulsionar medidas de entrega do que foi acordado. O objetivo é identificar áreas estratégicas onde a PLFC pode ajudar a implementar ou ampliar soluções novas e existentes, em um esforço conjunto entre setor privado, sociedade civil e líderes comunitários.

Como parte desse acordo, o Reino Unido comprometeu-se a destinar £1,5 bilhões de libras para florestas, dentro de um investimento mais amplo de £3 bilhões para a natureza. Além disso, o Reino Unido está anunciando £65 milhões de libras para o pilar de natureza do Fundo de Investimento Climático. Isso irá colocar os povos indígenas e as comunidades locais, que carregam o fardo das mudanças climáticas, no centro da proteção florestal nas florestas tropicais, nas florestas úmidas e nas florestas insulares. O Reino Unido também anuncia hoje que estamos trabalhando em um novo programa de £90 milhões libras para a proteção da Bacia do Congo, como parte do nosso compromisso de apoiar esta região. A Bacia do Congo é o reservatório de carbono mais eficiente do mundo, suporta a subsistência de mais de 80 milhões de pessoas e abriga 10.000 espécies de plantas tropicais - assim como espécies ameaçadas de extinção como elefantes da floresta, chimpanzés e gorilas da montanha.

O primeiro-ministro, Rishi Sunak, disse:

Por muito tempo, as florestas ao redor do mundo foram subvalorizadas e subestimadas. Elas são uma das grandes maravilhas naturais de nosso planeta e, com sua devastação representando mais de 10% das emissões globais, protegê-las é uma das melhores maneiras de nos colocar de volta no caminho para a meta de 1,5ºC.

É por isso que o Reino Unido colocou a natureza no centro da COP26, e os países que abrigam 90% das florestas do mundo se comprometeram não só a deter, mas também a reverter a perda de florestas e a degradação do solo até 2030.

Vamos construir em cima do que alcançamos até aqui e, juntos, assegurar este incrível legado para nossos filhos e para as muitas gerações futuras.

Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, presidente de Gana, disse:

A perda florestal pode ser evitada. Há, no entanto, a necessidade de um espaço dedicado, globalmente, ao apoio necessário e ao controle de responsabilidade dos países que estão comprometidos com a entrega da Declaração dos Líderes de Glasgow. O PLFC é um primeiro e decisivo passo nessa direção, e Gana o apoia e o endossa plenamente.

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, disse:

Nosso compromisso global comum de deter o desmatamento e restaurar as florestas precisa ser traduzido em ações concretas e dimensionadas no nível em que beneficiarão as pessoas, a biodiversidade e o clima. A Alemanha aderiu hoje à Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos pois estamos convencidos de que ela representa um fórum sólido para a colaboração internacional destinada ao progresso neste campo. Para reforçar nosso compromisso, a Alemanha irá apoiar o estabelecimento do secretariado da parceria, além de duplicar a contribuição inicial ao Global Forest Finance Pledge para um total de 2 bilhões de euros.

Na primeira Cúpula de Líderes Florestais e Climáticos, uma aliança de lideranças governamentais, empresas, atores financeiros e povos indígenas informará sobre o progresso. Isso inclui:

  • Países contribuintes demonstrando níveis inigualáveis de responsabilidade e transparência. Países contribuintes demonstrando níveis inigualáveis de responsabilidade e transparência. 12 países deverão relatar um gasto combinado de US$ 2,67 bilhões para apoiar atividades em países em desenvolvimento, incluindo a restauração de terras degradadas, o combate a incêndios florestais e o apoio aos direitos das comunidades indígenas.
  • Será anunciado um investimento de 4,5 bilhões de dólares, no mínimo, de financiamento recém-mobilizado dos setores público e privado.
  • Instituições financeiras de referência, do Japão à Noruega e ao Brasil, todos os signatários do setor financeiro do Compromisso de Eliminação do Desmatamento Causado por Commodities têm se mobilizado para a implementação, através da iniciativa da Ação para o Desmatamento do Setor Financeiro (ADSF). Membros da ADSF publicaram as expectativas compartilhadas de investidores para empresas e estão intensificando atividades de engajamento, trabalhando ao lado de legisladores e provedores de dados. Entre os novos membros que aderiram em 2022 estão SouthBridge Group, primeira instituição financeira africana a aderir à iniciativa, Banco Estado do Chile, CIV de Londres e GAM Investments.
  • Em apelo para ação, os co-presidentes e vice-presidentes da GFANZ, incluindo Mark Carney, estão convocando todas as instituições financeiras a incorporar o desmatamento em seus planos de transição para zerar emissões (net zero).

A PLFC realizará encontros anuais incentivando a prestação de contas, incluindo eventos a nível de liderança nas conferências climáticas. A partir de 2023, a PLFC também irá publicar anualmente um Relatório de Progresso Global, que inclui avaliações independentes do andamento global em direção à meta de 2030. O relatório também terá um resumo dos avanços feitos pela própria PLFC, em suas áreas de ação e suas iniciativas.

Na reunião de cúpula, participaram aqueles que falaram ao lado do primeiro-ministro Rishi Sunak: presidente Emmanuel Macron da França, presidente Akufo-Addo de Gana, presidente Denis Sassou Nguesso do Congo, presidente Petro da Colômbia, chanceler Scholz da Alemanha e presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.

Publicado a 7 November 2022
Última atualização a 7 November 2022 + show all updates
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